27 de abril de 2012

7 Curiosidades Históricas sobre a Beleza


1. Pêlo sim, pêlo não: Na antiguidade, os Sumérios - homens e mulheres - tinham como hábito usar sobrancelhas que se juntavam no centro da testa, formando um arco perfeito unido no topo do nariz, enfatizado pelo kohl (o precursor do lápis de olhos). Na Idade Média, o padrão de beleza feminino pedia sobrancelhas raspadas. As mulheres no Renascimento também eliminaram as sobrancelhas, mas, apenas para poder desenhá-las bem arqueadas e altas.

2. Perucas X pão: No Egito antigo, o medo de piolhos e outras pragas fazia homens e mulheres rasparem os cabelos. O uso de perucas era comum na corte do faraó. Elas eram confeccionadas com os cabelos dos escravos ou do povo em geral, que ofertava, em troca de dinheiro, parte de sua cabeleira. Já no século 18, o rei Luís XVI e a rainha Maria Antonieta difundiram entre os nobres o uso de perucas que chegavam a ter 80 centímetros de altura, empoadas com farinha de trigo. O exagero estético foi tão grande que causou um problema de abastecimento, tornando o pão ainda mais escasso para o povo francês.



3. Cabelos tingidos com urina: Enquanto hoje em dia qualquer mulher pode trocar a cor do seu cabelo facilmente em casa, na Grécia antiga o processo era um pouco mais complicado. Os cabelos loiros eram valorizados, e para tornar-se mais insinuante, a mulher grega recorria ao tingimento com água de lixívia. A técnica consistia em mergulhar as cinzas do fogo em um pote com água fria e deixá-las descansar ali por algumas horas; então coava-se essa água, que se transformava em um líquido descolorante impregnado de sais alcalinos, resultado da madeira queimada. No Renascimento os loiros e ruivos estavam no auge da moda. Uma receita popular era misturar pedra-ume, enxofre, soda e ruibarbo - um vegetal cuja raiz apresenta tonalidades que vão do vermelho ao esverdeado, passando pelo amarelo-dourado -, formando uma pasta que impregnava os cabelos por mais de uma hora, oferecendo como resultado uma cabeleira da cor desejada. Durante o reinado da Rainha Elizabeth, os cabelos ruivos foram a tendência, e, por isso, as aristocratas apelavam para misturas que levavam urina a fim de deixar os fios bem vermelhos; outras ficavam horas ao sol com os cabelos embebidos em uma infusão de cascas de cebola, chá de camomila e raiz de ruibarbo bem forte.


4. Lavagem três vezes ao ano: Na Idade Média os cabelos femininos viviam presos dentro de toucados. O ato de banhar-se não era bem visto, e a freqüência da lavagem da cabeça se limitava a três vezes por ano. Havia uma superstição segundo a qual a cabeça molhada causava doenças graves. Secar era outro problema, porque as mulheres não podiam sair ao ar livre com os cabelos descobertos. Assim, os pentes para despiolhar faziam parte do cotidiano dos medievais.

5. Tratamentos de aterrorizar: Bochechas rosadas tinham conotação de vulgaridade na Idade Média, atribuído às aldeãs. As verdadeiras donzelas costumavam usar sanguessugas, que tiravam o excesso de sangue do rosto, deixando-as muito pálidas, como era a moda na época. Outra receita de beleza recomendada neste período era friccionar na pele esterco de vaca temperado com vinho, e passar um tempo em uma estufa (tina de banho cheia de água, com fogo embaixo, mantido com galhos de sabugueiro), para que a transpiração fosse abundante. Um banho finalizava o tratamento, que deveria ser seguido de repouso.

6. Pancake na telona: O sucesso do filme "E o vento levou..." teve participação de Max Factor, criador da marca de mesmo nome. Em 1939, para cobrir o rosto da atriz Vivian Leigh, cuja pele apresentava imperfeições que as lentes não disfarçavam, Max usou uma de suas maiores invenções, o pancake, que já havia sido testado e aprovado em filmes menores. A partir daí, todas as atrizes apresentaram uma pele de pêssego graças à cobertura cremosa dessa base compacta.

7. Cada pele, um produto: Embora hoje seja usual a oferta de produtos adequados a cada tipo de pele, foi apenas em 1968 que surgiu uma marca que levava em consideração essas necessidades particulares. A Clinique, um braço da companhia americana Estée Lauder, trazia cosméticos para a pele baseados em três princípios: limpeza, tonificação e hidratação.

18 de abril de 2012

Beijo na Boca

Beijo: tocar alguém ou algo com os lábios, com suavidade ou paixão. Mas é claro que o beijo significa muito mais do que isso. Descubra os segredos do beijo na boca e entenda por que ele é tão bom.


Terri e Ray se conheceram em um restaurante onde ambos trabalhavam como garçom e garçonete. Embora o dinheiro fosse pouco, ele a convidou para sair. Tiveram vários encontros, durante os quais brincaram nos balanços das praças públicas, riram e se divertiram como adolescentes, apesar de já terem mais de 20 anos. No fim de um desses encontros, chegou o momento que ambos aguardavam. Antes de se despedir, Ray perguntou: “Posso beijá-la?” Ela aceitou sem a menor dúvida e, embora meio nervosa, lhe ofereceu os lábios. Os dois concordam que não foi um momento épico nem espetacular, não houve paixão arrebatadora ao estilo hollywoodiano, mas aquele beijo marcou o início de 24 anos de uma história de amor que ainda está firme e forte.

Embora pareça coisa de romance, o caso de Terri e Ray tem uma explicação científica: o beijo é muito mais do que um simples gesto de intimidade. Com essa primeira aproximação física, certamente o jovem casal viu, mesmo sem saber, o sucesso do futuro relacionamento. Um estudo publicado em 2007 e liderado pelo psicólogo Gordon Gallup mostra que beijar é uma maneira de trocar, de forma subconsciente e por meio dos sentidos, informações importantes sobre a pessoa à nossa frente para saber se ela é ou não o par ideal. Essa “intuição biológica” não falhou no caso de Terri e Ray; eles têm dois filhos saudáveis e felizes: Rachel, de 18 anos, e Jonathan, de 17.

As possíveis consequências do beijo não parecem exageradas quando analisamos o que acontece no organismo no momento do contato. “Dos 12 pares de nervos cranianos que temos, cinco são estimulados quando beijamos, enviando mensagens dos lábios, da língua e do nariz ao cérebro, que processa todos os movimentos que acontecem”, diz o Dr. Amaury Mendes Junior, pós-graduado em Sexologia pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana. Trinta e quatro músculos funcionam ao mesmo tempo e há liberação de oxitocina. “Também conhecida co­mo ‘hormônio da união’, o nível de oxitocina aumenta depois do beijo”, acrescenta ele.

Na hora de beijar, o nariz tem papel importante. Não se trocam só olhares significativos, mas também aromas, antes e depois do beijo. Há algum tem­po, não se acreditava que os seres humanos pudessem perceber os feromônios, que promovem o namoro e o acasalamento em muitas espécies de animais. No entanto, um estudo de 2003 demonstrou que o olfato pode ser fundamental na biologia reprodutora humana. O estudo mostra que os seres humanos têm receptores de feromônios na membrana mucosa do aparelho olfatório cujo papel é importantíssimo na maneira como nos relacionamos com o sexo oposto.

Essa pode ser uma pista de como as mulheres conseguem perceber a compatibilidade genética dos homens, e estes, a fertilidade da mulher.



Quem inventou o beijo?

Examinando a cadeia evolutiva, é fácil imaginar a origem desse delicioso costume humano. “Alguns primatas alimentam os filhos boca a boca, primeiro mastigando a comida e depois passando-a para o filhote; essa pode ter sido a origem do beijo”, diz Amaury. Tanto o primatólogo Frans de Waal quanto o etólogo Eibl-Eibesfeld apoiam a teoria: o beijo sem transferência de comida é uma expressão quase universal de amor e afeição entre os seres humanos. Parece que nossos ancestrais diretos também tinham o mesmo costume, porque alguns estudos antropológicos indicam que as hominídeas, por exemplo, as mulheres de Cro-Magnon, alimentavam os filhos boca a boca.

Fomos projetados para beijar

Pelo menos 90% da população do mundo pertence a uma cultura na qual se trocam beijos. Mas, como esse número não é absoluto, podemos nos perguntar se o beijo não é meramente um reflexo ou uma conduta adquirida. Beijar é um ato aprendido e mais freqüente em algumas culturas do que em outras. Mas o ato de beijar em si pode ser considerado instintivo. Vejamos, por exemplo, o reflexo de sugar: ele não acontece apenas quando o bebê precisa se alimentar, é também um ato que o tranqüiliza.
Sigmund Freud achava que a origem do beijo está no modo como os bebês se alimentam. “Hoje sabemos que, para sugar, usamos os mesmos músculos e movimentos do beijo”, diz a escritora inglesa Adrianne Blue. Freud considerava o beijo como a busca do seio da mãe nos lábios dos outros. “Adoramos beijar porque o beijo esteve presente em nosso primeiro amor verdadeiro.”
Como confirmação da idéia freudiana, a maioria inclina a cabeça para a direita ao beijar, de acordo com um estudo de 2003 publicado na revista Nature. Diana Platas confirma: “Fiz uma experiência rápida com pessoas que conheço. Observei 25 casais, dos quais 24 inclinaram a cabeça para a direita ao beijar.” Isso pode ser causado pela assimetria hemisférica do cérebro, mas especula-se que a assimetria resulte do hábito materno de segurar os bebês do lado esquerdo ao amamentar, o que predomina em 80% da população, de acordo com Desmond Morris. Uma razão pode ser que o coração da mãe fica do lado esquerdo.

Um beijo ruim

Quando Berenice viu Alejandro pela primeira vez, pensou: Ele é um deus. Foi amor à primeira vista que ela não ousou confessar. Limitou-se a fantasiar o encontro glorioso dos lábios dos dois. Seis anos depois, sem tê-lo tirado da cabeça sequer um único dia, ela confessou sua atormentada paixão. Boquiaberto, a princípio ele não soube o que fazer, mas depois decidiu concretizar a fantasia: beijá-la apaixonadamente.
“Ele disse: ‘Ei, me dê um beijo’, e eu recuei, mas ele me beijou mesmo assim. Depois de tanto tempo, o amor não era mais idealizado... o que provavelmente não foi uma boa ideia.
De repente senti a língua dele quase chegar às minhas cordas vocais. Fiquei chocada. Não senti nada, nada! Aí tossi e fiquei com vontade de chorar”, diz Berenice. Apesar do anticlímax, eles saíram juntos durante um mês e meio, mas a relação não foi adiante.
Parece que um beijo ruim pode tirar dos trilhos, logo no princípio, o relacionamento entre duas pessoas. Uma pesquisa realizada pela versão espanhola do Match.com, famoso site de encontros pela Internet, revela que uma em cada quatro pessoas abandona o parceiro porque não ficou satisfeita com seu beijo. Dentro do grupo, 42% afirmaram que foi no beijo que perceberam que a química não dava certo. Outros 15% mencionaram que o parceiro parecia “lambê-los”, um tipo de beijo aparentemente não muito popular.



Como beijar bem?
Para reduzir o risco do uso inadequado dos lábios, há muitos livros que prometem transformar os leitores em beijoqueiros especializados. Em A História Íntima do Beijo (Matrix Editora), a jornalista Julie Enfield desvenda os mistérios dessa arte e investiga as origens e até a alquimia do beijo. Julie afirma que “tudo começa com um beijo. Nós nascemos a partir do primeiro beijo dos nossos pais, e a lembrança mais antiga que todo mundo guarda é dos beijos carinhosos da própria mãe”.
O site Vale Um Beijo traz desde um “cardápio de beijos”, passando por um “Regime de Beijos”, com dicas para emagrecer beijando, até um fórum no qual os interessados podem dividir suas experiências e expectativas com relação aos beijos. Tem ainda o cine beijo, um link com fotos dos beijos que entraram na história do cinema mundial. Pelo site você também pode enviar um “e-beijo” para quem você gosta: basta digitar o e-mail do destinatário e escolher o tipo de beijo que quer mandar.

Podemos aprender a beijar?
Pedro Paulo Carneiro, autor de Dossiê do beijo – 484 formas de beijar, diz que já nascemos sabendo beijar. “Este ato está impresso no DNA do ser humano. Nos primórdios, homens e mulheres mais velhos mastigavam os alimentos e os depositavam na boca das crianças. Assim nasceu o beijo. Mas é possível, sim, aperfeiçoar a arte de beijar. “Primeiro, você deve cuidar da higiene da boca e deixá-la atraente. Com isso, sua autoestima aumenta e você se torna mais confiante. E, para potencializar o prazer do beijo, vale movimentar a língua pelo palato, pelos lábios, e até pelos dentes”.
No entanto, para o escritor, mais do que técnicas o fundamental é o envolvimento. “O objetivo de um bom beijo é a produção da serotonina, um neurotransmissor de prazer. Além disso, o beijo é um bom termômetro do relacionamento. Por meio dele conseguimos melhorar a afetividade entre os casais. Mas, se não houver emoção, dificilmente o beijo cumprirá sua função.” 
Pedro, que passou mais de 10 anos pesquisando sobre beijos no Brasil e em outros 40 países, diz que recebe vários e-mails de leitores contando como passaram a valorizar o beijo depois de colocarem em prática algumas dicas. “M. estava casada com H. há mais de 40 anos e me escreveu pedindo conselhos de como aumentar a afetividade no relacionamento. Eles não se beijavam há quatro anos. Sugeri a ela que fizesse um ritual de sedução por meio do beijo. Quatro meses depois, recebi um depoimento do marido de M., dizendo que havia redescoberto o relacionamento e quanto sua mulher ainda representava para ele.”

Aqui vão algumas dicas para quem quer se tornar um mestre na arte de beijar:
Respire! Há quem pare de respirar durante o beijo e por isso não consegue aumentar a paixão nem aguentar um beijo prolongado. É preciso inspirar profundamente, sincronizar o ritmo respiratório com o do parceiro e sentir o prazer ao mesmo tempo.
Troque olhares. Estabeleça uma ligação olho no olho, abra o coração e crie uma fonte única de energia para os dois.
Ao se despedir pela manhã, nunca saia sem um beijo expressivo. Um beijo de dois segundos é como dizer “não tenho tempo suficiente para você”. É preciso dedicar pelo menos um minuto inteiro ao parceiro antes de sair de casa.
Reserve algum tempo para o beijo. Com a maior frequência possível, diga a seu parceiro que quer estar com ele, conectar-se com ele e passar algum tempo em companhia um do outro, para que possam crescer juntos emocionalmente. Se não for possível ter esse tempo de qualidade naquele momento, marque uma hora para estarem juntos mais tarde.   CQ



Fonte: http://christianquintao.blogspot.pt